E vemos, com um misto de gosto e surpresa, Nabokov a descrever detalhadamente cinco séculos de sua genealogia. Cinco séculos! E, de outro lado, aqueles que não sabem sequer o nome de nenhum dos bisavós. É bonito pensar que haja, em ambos os casos, um motivo para tal; e se temos num deles um grande escritor extraindo sentido de sua família, preenchendo-se de um senso de pertencimento saudável e estimulante, noutro dá-se a justificativa prática para uma filosofia particular…