A aflição do intelectual é ver-se impotente perante o curso natural do pensamento de sua época. Ainda que decida fazer algo, será inútil e frustrante. As qualidades que precisa para impor-se e influenciar são frequentemente opostas àquelas que cultivou para tornar-se. Mas não deve lamentar, porque enfim não interessa o “pensamento de sua época”, senão como matéria-prima para suas reflexões. Os modismos caem como surgem, levando consigo seus ideólogos e entusiastas. Não se deve e nem se pode esperar nada senão de uns indivíduos isolados que fazem com que a vida intelectual seja gratificante.