O experimento comunista

Apesar de toda a extensa documentação a respeito do horror do experimento comunista sobre a terra, um horror tão absoluto que torna quase impossível uma investigação prolongada sobre o tema, visto que investigá-lo é deparar-se com relatos infinitos de privações, miséria, tortura, corrupção moral e aniquilamentos tão variados quanto a imaginação humana, é inacreditável notar que a palavra comunismo não só não desperta o terror condizente, mas a muitos é inócua e a outros ainda seduz. Este fato é uma exclamação tão acachapante que tem de, obrigatoriamente, ser evidência de uma profunda lição. A nível coletivo, o comunismo resumiu-se a uma carnificina que elevou a miséria a um patamar inédito; a nível individual, resumiu-se à degradação. Neste deplorável experimento, o que se viu foi o florescimento daquilo que há de mais traiçoeiro e selvagem, a expansão desenfreada da crueldade e da opressão; o indivíduo médio foi submetido a uma vida de miséria e privações involuntárias, espólio, tortura psicológica a níveis inconcebíveis, de forma que sua própria sobrevivência passou a ser condicionada à submissão. Fuzilamentos incessantes, sem motivo nem piedade, mas que, diante do cenário geral, mais pareceram um livramento aos fuzilados… E tudo isso, embora massivamente registrado, embora ao lado de um obituário infinito, parece inútil. Só há uma lição a se tirar: o homem é absolutamente incapaz de aprender.