Nada parece tão impressionante quanto a série de coincidências que, em casos frequentes, impele o homem à obra. A impressão que ficamos é de haver, para cada alma, uma missão, de forma que esta, se não encontrada, se não buscada voluntária e conscientemente, de modo algum fica prejudicada, posto que as circunstâncias, em último caso, acabam forçando a sua execução. Disso vemos como é natural aceitar a hipótese da predestinação. Há casos em que nos deparamos com eventos tão transformadores e tão decisivos, que ficamos com a sensação de que, querendo ou não, o homem, no curso de sua vida, acaba sempre se tornando aquilo que nasceu para ser.