Não há poesia bucólica brasileira. Se aqui já fizeram versos deste feitio, foi apenas pelo exercício e pelo prazer da imitação. Cenário idílico nos campos, aqui não passa de piada. Os portugueses, mais do que por terem dominado os mares, merecem respeito eterno por terem suportado o insuportável mato brasileiro, por essência intratável, dotado de um vigor que o homem jamais dominará. É preciso bravura e coragem, mas são ambas insuficientes. Cubram-se os matos de cimento, mas sobre o cimento perdurarão os insetos; e as cobras, os ratos, as aranhas, os escorpiões também haverão de aparecer. Inundem tudo, e todas as espécies transmutarão e continuarão a estorvar sob novas formas debaixo da água. Seja esta gelada, e debaixo dela continuará a fazer calor… É isso, não há mais o que dizer.