O iniciante elogia com facilidade e dificilmente critica. Isto se dá porque o elogio mais condiz com sua admiração de algo que, se compreende, sente para si ainda inalcançável; já a crítica exige-lhe um conhecimento e uma segurança que não tem. Com o experiente, dá-se o contrário: a crítica é-lhe natural, quase automática, e o elogio lhe exige a rara virtude de reconhecer no outro, apesar do próprio conhecimento, uma capacidade que talvez não tenha. O iniciante cresce, portanto, habilitando-se à crítica, enquanto o experiente o faz aprendendo a elogiar: ambos, em suma, contrariando aquilo que lhes é mais fácil.