A história da literatura assemelha-se a um pêndulo que ora inclina-se ao novo, e ora retorna ao antigo. Precede o primeiro movimento um aborrecimento com as velhas formas, os velhos modelos e as velhas regras, já o segundo se dá após a constatação de que o novo criado é pior do que a prática antiga, que agora parece bela e rica como nunca. Em ambos os impulsos, há algo sincero e algo despropositado. A literatura sempre se renova e, se grande, jamais se cria do zero.