É sobretudo estéril essa crítica que não consegue analisar um verso sem associá-lo a um “movimento”, como se o autor, ao compô-lo, não pensasse senão em adequá-lo a uma “corrente”, em apoiá-lo num amontoado de chavões distintivos de uma “estirpe”. Quantos grandes poetas o fizeram? É sintomática essa recusa em enxergar o indivíduo, ou melhor, essa insistência em querer enxergar uma artificial mentalidade coletiva, na maioria dos casos não apenas inexistente, mas impossível. Às vezes, para evitar este ridículo, parece que o melhor seria não recorrer jamais a semelhantes classificações…