Apesar do grande risco de degeneração inerente às relações humanas, deve ser, mesmo, uma grande satisfação participar de um ambiente de intercâmbio cultural, tal como os que houve e os que há em diferentes países, onde um pequeno grupo de intelectuais com comunhão verdadeira de interesses conversam, ensinam, aprendem, se ajudam e se desenvolvem. O que mais parece benéfico, e nem sempre ocorre, é o contato entre diferentes gerações, que possibilita a transmissão pessoal de um legado, o que deve ser igualmente satisfatório para aqueles que o transmitem e aqueles que o recebem. Em verdade, é o que poderia ser realizado pelas universidades, se estas não se tivessem metido em tantas formalidades. Não se pode subestimar o valor da presença física — ausente nos livros —, e, portanto, a cultura deve muito a estas pequenas associações informais.