A vida é sempre mais interessante quando se arrisca, e se vive consciente de que agir é arriscar. Mas ocorre, às vezes, que a má sorte é tanta, que os sucessivos baques vão se acumulando de forma insuportavelmente decepcionante, e logo se perde aquele mínimo de esperança sem o qual não se pode arriscar. Tal desânimo é a morte do espírito, e é sem dúvida muito mais proveitoso passar a vida como um louco iludido do que a ele sucumbir; pois o louco ao menos age, e de sua ação se pode retirar algo de bom.