Quando o grosso da rotina escorre, dia após dia, em questões de ordem prática, em atividades banalíssimas que se impõem sobre todas as outras, é muito difícil se não colocar a maldizer a existência. A solução mais simples: impedir que o intelecto se manifeste, calar a mente, nunca deixá-la expandir. Sendo tarde, quer dizer? buscar prazer na vida prática? arrumar esposa? filhos? Talvez… Do contrário, é reagir em contraposição ao imperativo da necessidade e, sofrendo as consequências do desdém para com o conveniente, encontrar satisfação no ato voluntário de revolta. Não há o que maldizer… há?