De um lado, a filosofia da unidade; doutro, a filosofia do acaso. Incompatíveis, antagonistas. E ambas encontram, é verdade, vistosa fundamentação. Privadas, contudo, da certeza, da prova cabal que anularia a argumentação contrária, digladiam-se inutilmente. Como notou Pascal, parece haver no mundo o suficiente para que qualquer um enxergue o que quiser. Dessa forma, a postura filosófica fundamental parece resumir-se no apego ou desapego à incerteza, no apreço aos sinais que podem satisfazer ou não; em suma, na reação do espírito ante o conhecimento adquirido.