Um congresso que reunisse todos aqueles que dizem acreditar no futuro do homem acabaria, sem dúvida, numa terrível desavença. Discussões acaloradas, faces tingidas de sangue e olhares raivosos: somente assim se poderia passar. É simplíssimo o psicológico de alguém que venera palavras como “futuro” e “progresso”. Este alguém leva-se a sério, acredita em si mesmo, possui “convicções”. Acreditar no futuro do homem é acreditar em si mesmo como agente transformador, é ter soluções e querer propô-las, defendê-las, combatendo quem quer que apresente oposição. “Acredito no futuro do homem”, diz alguém, e o ouvinte inteligente já infere o “e você também deveria acreditar!”.