Verter o português ao inglês é um trabalho de destruição de recursos sintáticos. A operação inversa, quase sempre um aniquilamento expressivo. Inglês em português é frequentemente terrível, e o contrário o mais das vezes maçante. Iniciei estas notas disposto a traduzir ao inglês tudo quanto escrevesse: não demorou para que eu desistisse da empresa e deliberasse, ao contrário, não traduzir nada, salvo estas notas. Já vamos a dois anos e dezenas de milhares de palavras vertidas, quando este tempo seria melhor empregado escrevendo mais linhas em português. Fico a calcular quanta frustração e dispêndio de tempo teria enfrentado caso tivesse seguido o plano inicial e traduzido os outros livros que publiquei… Glória a Deus! Disto a dúvida: escuso-me da obrigação velada ou levo ao final aquilo que comecei?