O homem comum deposita majoritariamente nas relações o sentido da própria existência. Relações são extremamente frágeis, e é previsível que, por isso, o homem comum descaia hora ou outra numa fortíssima crise existencial. O homem religioso, porém, o verdadeiro, que nada tem de comum, encontra algo mais firme para se apoiar. Diga-se o que quiser, não se tem notícia de algo como a religião para entregar sentido ao espírito humano: e só por isso já se lhe justifica o papel honroso que presta numa sociedade.