Tão abundantes e tão antigas são as narrativas que expõem minuciosamente a perversa e regular opressão operada pela maioria contra indivíduos isolados, desamparados, que padecem como mártires jamais desagravados pela história, que parece absurdo, ainda hoje, as maiorias serem tidas como emissárias do bom senso. Desta mentira clamorosa, seria de se esperar que os homens se livrassem, ainda que por necessidade ou pudor. Curiosamente, o contrassenso persiste e se fortalece. Como justificá-lo? Explica, Carlyle! como conciliá-lo com a tua teoria de sepultamento de mentiras? O que parece é que, neste mundo, a injustiça não faz senão trocar de máscara ocasionalmente.