Tomás de Aquino deveria ser tomado de modelo por todos aqueles que escrevem tencionando convencer. É curioso notar que sua prosa, simplicíssima, emana um brilho invejável decorrente da clareza com que suas frases revelam-se a quem as lê. Um incauto poderia supor que acaso seria ela uma prosa natural, espontânea. Oh, inocência! Tal resultado é impossível se não amparado num esforço último e constante por clareza. É verdade, é verdade: muitos detalhes, muitas sutilezas… mas deleita o apreciar linhas tão precisas, e é admirável quando se lhes nota motivadas por tão profunda meditação.