Por mais irracional e desconfortável que seja, é forçoso, para aquele que vê, admitir que há coincidências tão acachapantes, tão incrivelmente expressivas, — embora por vezes de significado obscuro, — que o negá-las ou sequer calar-se sobre elas parece indigno do apreço à honestidade. “Coincidência” é termo incorreto, “acaso” uma justificativa que afronta a inteligência capaz de uma matemática simples, que logo taxa-o de absurdo inadmissível, o maior dos absurdos possíveis. Disto, lamentavelmente não se tira conclusões seguras, não se extrai certezas que esclarecem cabalmente o mistério, mas parece mais nobre dizer o que é visto com as palavras concebíveis em vez de negar o patente por incapacidade de expressão.