Vou por um autor célebre e não recomendado que propôs uma espécie de hedonismo renovado. Indulgência, abundância material, e uma vida orientada para a satisfação plena dos desejos. Que piada! Comenta o sujeito sobre várias religiões, e a cada nota mostra-se supinamente ignorante sobre todas. Diz ele que, no oriente, houve quem propusesse pela religião um caminho para misturar-se a uma “consciência universal”, posto ser difícil, nestas regiões do globo, o acúmulo material, e portanto razoável fornecer a este povo algo que supere e não dependa daquilo que não podem alcançar. Adiciona, também, que a reencarnação foi concebida como bálsamo para aqueles menos favorecidos nesta vida; portanto, alimentando-os da esperança de uma vida futura melhor. Oh, Senhor! E um sujeito desta estirpe como líder religioso! Não se deu o trabalho de ler um resumo histórico das religiões que comenta, para descobrir que no oriente floresceram no seio de palácios, onde a abundância material e a satisfação dos desejos conduziram a um tédio insuportável! onde a ideia de viver esta vida uma e outra vez ao infinito, como sugere a reencarnação, não lhes suscitava senão terror absoluto, levando-os a tomar medidas extremas para romper com esse ciclo detestável!