O homem recluso, acostumado ao silêncio…

acostumado ao silêncio

De Zimmermann, em minha tradução francesa:

On a dit avec raison que les savants astreints à une existence solitaire, et occupés de graves travaux, ne peuvent avoir ni la gaieté d’esprit, ni l’élégance de manières, ni la vivacité d’entretien des personnes qui vivent habituellement dans le monde et qui en connaissent tous les usages.

É claro que um homem de hábitos tão raros e tão contrastantes com aqueles dos homens comuns se mostrará, pelo próprio comportamento, essencialmente diferente. O homem recluso, acostumado ao silêncio e à meditação profunda, molda-se a encontrar progressivamente inóspita a agitação dos ambientes comuns. É natural que perca completamente essa expansividade, essa sociabilidade ordinariamente tida como “boas maneiras”. Estas, aliás, não podem senão causar-lhe repulsa e espanto. Tudo se resume a uma questão de hábitos: agrade-lhe ou não, são estes que definirão, com o tempo, aquilo que um homem é.