Se procede o asseverado por Gilberto Freyre que, há pouco mais de um século, neste mesmíssimo Brasil, uma silabada em latim ou um erro de pronúncia em francês “podia ser a desgraça de um homem com pretensões a culto”, será difícil encontrar na história da humanidade uma tragédia intelectual de mesmo calibre da que se passou em solo verde-amarelo. Em parte, poder-se-ia justificá-lo pela atual “inutilidade” de se ter uma pronúncia francesa correta, “inutilidade” ainda maior para o latim, estudado exclusivamente para ler. Contudo, para não discorrer sobre o “inútil”, salta aos olhos o sepultamento absoluto desta que fora uma tradição aos doutos, ora instruídos de forma inteiramente distinta. Hoje, impressiona a mera constatação que tal tradição existiu, que houve o tempo em que brasileiros aprendiam latim estimulados pela palmatória e formavam-se fluentes em francês. É ver qual será a compensação desta notável falência, já comentada nestas notas…