Quando lemos alguns economistas, parece a economia um problema tão lógico e tão simples que realmente assusta a estupidez daqueles que a regem no mundo real. Hoje, há uma quantidade mais do que suficiente de exemplos históricos de medidas econômicas que se provaram frutíferas ou desastrosas, de forma que, na imensa maioria das vezes ou, melhor dizendo, no que tange às diretrizes macroeconômicas, não poderia haver dúvida sobre como deve agir aquele que tencione a prosperidade. Mas então parece o pragmatismo teórico absolutamente inaplicável à realidade, em que interesses os mais diversos, quais mesquinhos, quais ingênuos, perversos ou irresponsáveis são colocados em primeiro plano, em detrimento daquele objetivo, já enfraquecido e distante, que deveria nortear todas as medidas econômicas. A conclusão é só uma: o elemento humano inviabiliza qualquer equação.