É uma ironia divertidíssima a frutífera tendência, da parte das “novas ciências”, de voltarem-se ao passado em busca de fundamentação e respostas. Vemos, por exemplo, a psicologia, que tornou-se outra após Jung, muito mais complexa, interessante e efetiva, graças às profundas investigações que fez Jung em variados terrenos de variadas culturas antigas. E tal fenômeno não se limita às “novas ciências”, fazendo-se presente na literatura, na filosofia e onde quer que voltemos as lentes: parecem estar as respostas de que carece o homem presentes nos mais primitivos vestígios de sua existência, limitando-se a expansão de seu conhecimento a dar novas formas a conclusões — para não dizer verdades — já há muito percebidas.