A convivência é uma senhora perversa que à força corrompe a moral e doutrina ao vício. Aquele que convive compra esta senhora usando a própria liberdade como moeda. Torna-se alguém pior, decerto. Nisto, a psicologia moderna é infalível: há um acordo convivial velado que implica ações as quais, se não cumpridas, são geradoras de desconforto individual e coletivo. A evolução moral exige um rompimento deste acordo, porque consiste numa reação ao instinto mundano. A virtude, embora praticada no mundo, só pode ser concebida na solidão.