A crença literária, bela e silenciosa, o sofrimento íntimo e tímido, a resignação solitária… nada disso parece existir. O que existe e abunda é a vaidade desmedida, o instinto gregário infame unido à necessidade de validação pelos outros. Existe o impor a própria visão de mundo, a exigência de concordância, a intolerância ante o dissidente, a certeza e o orgulho da própria distinção. Pregar, repelir, exigir são os verbos corriqueiros — nunca intransitivos, sempre exigindo um complemento pessoal. Às vezes parece a literatura prestar um desserviço à compreensão do mundo objetivo.