Em meio a agruras intermináveis, não há negar que o fazer poético guarda certa delícia na escolha das rimas, na escolha e na posterior constatação de seu efeito. Não importa o quanto se mecanize o processo, a descoberta de uma rima inesperada é sempre prazerosa e estimula sobremaneira, chegando a tornar-se um como vício que não faz senão mais e mais atrelar o poeta à linguagem. Afinal, é um vício que acaba produtivo e, uma vez experimentado, faz impressionar sobre a indiferença com a qual alguns poetas o repeliram.