A democracia quer a si mesma como a grande protetora do indivíduo. Possui “freios e contrapesos” para coibir o abuso e a exploração. Engraçado! Pois se lhe analisamos o filho legítimo, isto é, o político democrático, notamos o seguinte: num regime democrático, não há freios contra a estupidez! Vamos ver. A que se dedica o político democrático? estuda? prepara-se para o cargo que pretende exercer? qualifica-se, de alguma maneira, para executar alguma função? comprova, de alguma maneira, a própria capacidade antes de subir ao posto? Negativo. O político democrático dedica-se, apenas, a conquistar votos. Para eleger-se, basta que compre apoio ou invista em marketing. Qualquer outro esforço é improfícuo e pouco inteligente. Imaginemos, agora, uma medida antidemocrática: o sujeito, para ser candidato, precisa ser aprovado numa prova de capacitação. Urros! berros! Tornar analfabetos inelegíveis seria uma agressão à soberania do povo! E assim, a história parece escancarar que o indivíduo está sempre, sempre em posição de vítima — na democracia, sobretudo, vê-se açoitado pela burrice popular.