Embora o veneno de Schopenhauer já se tenha impregnado de forma absoluta em minha literatura, aprecio muito mais a grandiosa loucura de Nietzsche, que exige maior esforço de espírito e premia com honra os pouquíssimos capazes de alcançá-la. Superar o niilismo e inocular na mente um sonoro e definitivo “sim”, desprezar as agruras mesquinhas e efêmeras, transformar a existência numa rotunda exclamação, — ainda que seja necessário contrariar o racional: — tudo isso parece-me mais belo e mais digno de valor.