A guerra contra a falsidade

Guerra contra a falsidade

O despertar de minha consciência deveu-se à percepção da falsidade no mundo. Despertando, o fantasma decidiu travar combate. Oh, guerra inútil, que tanto me atribulou!… Condenar a falsidade é ver-se rapidamente tomado do nojo para com as pessoas, é afastar-se, gradativamente, de todos, é tornar-se um misantropo. E, sempre em silêncio, transformei-me a mente em um grande tribunal. Repugnando-me a própria essência, avesso à simpatia, não poderia vivenciar fim diferente… Há uma dose de falsidade sem a qual o mundo não existe. As relações, se não estúpidas e superficiais, valem-se da dissimulação. E o interesse será sempre o principal motor das ações humanas. É aceitar, saber lidar, ou encontrar, em pouco, a existência insuportável.

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