A literatura do século XX descobriu que, para conquistar o homem comum, é infinitamente mais fácil descer-lhe ao nível em vez de elevá-lo. É uma descoberta notável. Quando se diz a maior banalidade concebível da forma mais prosaica que se pode imaginar, dá-se algo impressionante, quase mágico, e coloca de joelhos o homem comum. Finalmente, de olhos rutilantes, este experimenta a sensação de compreender aquilo que lê! É uma fórmula infalível, e a ela soma-se o prazer da curiosidade em ver o espetáculo de artistas que, como dentro de um santuário, comportam-se como estivessem numa feira. É sem dúvida uma literatura capaz de exercer um fascínio inigualável no homem comum.