Foi Mário Ferreira dos Santos, e não outro, quem mostrou-me cabalmente a nobreza da filosofia especulativa, não porque até então só havia entrado em contato com brincalhões e vaidosos, mas porque nele, mais que nos outros, vi pulsar a necessidade real do exercício especulativo. Necessidade oriunda de interrogações vitais que encontraram neste método a possibilidade única de solução segura. A meticulosidade, o estender-se e esmiuçar saem não como exibição pretensiosa, mas como exigência metódica inerente da gravidade das interrogações. Como em Tomás de Aquino, digressões, demonstrações numerosas: mas tudo, sempre, objetivando clareza, objetivando a exposição precisa. Grande mente!