A psicologia só se aproximará de uma definição razoável do homem quando voltar-se integralmente àquele que nunca compareceu a um consultório. Busque um eremita, alguém que despreze o mundo, que cultue o silêncio, que se enxergue separado da carne, que seja indiferente ao prazer e à dor… busque esse homem e verá quão inúteis lhe são os manuais, quão inaplicáveis todas as teorias e quão desgraçadamente falham em lhe explicar o comportamento. Tomando conhecimento que este homem existe, desesperada, provavelmente a psicologia se sentiria forçada a inventar para ele o nome de alguma doença — mas talvez, quem sabe?, ela poderia dar luz a uma terapia verdadeiramente transformadora e universalmente aplicável.