Viktor Frankl, atirado num campo de concentração nazista, viu-lhe a realidade reduzida à miséria mais plena. Racionalmente, embora com frieza quase sobre-humana, e embora por uma questão de sobrevivência, por uma urgente necessidade de preservar a sanidade mental, propôs-se a mirar a própria desgraça com as lentes de um cientista. Isolou-se-lhe a mente numa bolha intelectual fictícia e fez da destruição física, psicológica e moral o objeto de suas investigações. É, resguardadas as proporções, o que deve fazer todo investigador sério da vida.