“Amar e ser amado”: eis o capitalismo aplicado às relações afetivas, dando-nos mostras de seu imenso vigor. Eu poderia dizer: só ama quem não exige nada em troca, ou ama-se justamente por nada esperar. Mas como soaria ultrapassado! Hoje é tudo um intercâmbio: “Gero valor, pois quero logo minha retribuição!”. E é ingênuo achar que as permutas não se apliquem a tudo, que o maior dos amores ou a mais ínfima das convenções se não sumarize numa relação de troca. Para tanto, basta um modesto exame interior…
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