Ao mesmo tempo que a prudência reclama atenção para o futuro, a paz recusa-se a comparecer ao cômodo mental em que esta esteja presente. O futuro, friamente analisado, é o fim e a possibilidade do fim. Em instância inferior, é a incerteza atual concretizando-se num pesadelo. Para que haja paz, é preciso não haver apreensão, e dificilmente se evita esta quando se vislumbra o amanhã. Em parte, é compreensível a tranquilidade do budista que nada tem e nada teme; mas, a menos que se efetive um rompimento total com os vínculos, algo quase fantasioso, não parece possível sê-lo e não ser, também, irresponsável.