As melhores decisões surgem após meditação longa, embora disforme, que concentra-se lentamente até um ponto em que extravasa com violência num impulso que, por ação volitiva, tem a vazão permitida de imediato: concretiza-se neste impulso, e perdura frutificando. A intuição, tomada no sentido junguiano, quando desenvolvida é capaz de manifestar-se carregada de uma certeza que sobrepuja o raciocínio. É o clarão de uma faculdade preciosa. Contrariá-la, nestes casos, é malbaratá-la. Por isso é justa a paciência em decisões importantes — mas, por vezes, o mais proveitoso é ter coragem para seguir a própria intuição.