Com os termômetros beirando os quarenta graus, é difícil decidir por escrever, ou estudar, ou qualquer coisa em vez de enviar súplicas ardentes a Deus para que queime logo tudo e encerre este mundo de uma vez. Primavera, primavera… oh, sua detestável! E ainda que se busque inspiração para vencer a angustiante sensação térmica, ela não vem, porque é preciso, antes, tomar outro banho, beber mais e mais água, repousar na esperança de que o corpo refresque e, assim, seja possível tornar a pensar. Talvez seja por isso que já disseram muitas vezes que, para florescer, é no clima temperado que o intelectual se deve instalar. O tropical é-lhe inimigo, posto que lhe acentua as sensações e o impele a… Florescer, Deus, florescer! Suma destas linhas, verbo intruso…