É irritante, mas talvez simultaneamente necessário, o fazer concessões ao mundo prático na criação literária. É natural que haja no intelectual um impulso de isolar-se em abstrações tão prazerosas quanto são desagradáveis as intromissões da banalidade cotidiana em sua obra. Contudo, estas que parecem manchas constituem um elo necessário com a realidade que permite que a literatura exerça o seu papel engrandecedor. Isolar-se no plano intelectual é misturar-se aos filósofos cujas obras ociosas jamais serviram de conselho a alguém.