Para não dizer inexistentes, é no mínimo raro encontrar nesta dita poesia lírico-amorosa versos em que uma experiência real é cantada, algo verdadeiramente alto e belo como se vê em Dante. Em contrapartida, mude-se as línguas e as épocas, encontra-se sempre os mesmíssimos elementos que enfastiam o leitor sedento por alguma elevação. Claro, claro: há exceções; mas a compaixão que o maior número destes poetas desperta nada tem que ver com os versos que fizeram. Lamentavelmente, parecem eles crianças iludidas pelo fútil, que viveram alimentando-se desta vontade nunca concretizada que a maturidade faria dispersar. A maturidade, isto é, a sabedoria ou a experiência. Ambas parecem ter-lhes faltado, do contrário teriam encontrado algo mais nobre para direcionar-lhes a atenção.