É curioso observar que há faixas etárias que, devido à cumulação da experiência, propiciam, com enorme frequência, movimentos decisivos de teor semelhante. Precede a vida propriamente adulta uma decisão que corrobore ou rompa de vez com as aspirações da adolescência; a meia-idade reforça tal decisão ou, em casos nos quais foi esta postergada, oprime violentamente em razão da covardia do adiamento; já a velhice chega com a possibilidade única da síntese ou, no mínimo, com a última possibilidade de afirmação por caminhos não trilhados. E nota-se, repetidamente, que tais arcabouços, amparados em similares classes de vivência, produzem resultados também similares em teor, embora individualizados a depender das rotas palmilhadas. O fator idade, portanto, mostra-se fundamental e sobremaneira instrutivo na análise do homem.