É incrível notar como a poesia, da metade do último século em diante, tornou-se praticamente ilegível. Ilegível e ruim, salvo raríssimas exceções que parecem pertencer a outro tempo. Não adianta, nem com a máxima boa vontade supera-se o problema: a poesia contemporânea, quando muito, aparenta interessante, ilude quando dotada de uma obscuridade que parece guardar algum tesouro. Enfim, o esforço para compreendê-la nunca compensa. É lamentável.