Cá estou ironizando pastores, mas a verdade é que, em geral, tenho mais respeito por evangélicos do que por ateus. Quero dizer: em geral, encontro maior militância ateia que evangélica, e considero o sujeito que se acha inteligente ou superior por ser ateu um belíssimo idiota. Ser evangélico é meritório: envolve um esforço ativo que induz ao conflito espiritual. É-se ateu sem ler absolutamente nada; o evangélico, no mínimo, lê a Bíblia. Isso diz bastante: o ateu médio não reflete, não sabe e não busca saber o que se passa em sua vida; a Bíblia, porém, obriga o evangélico à reflexão. Um cachorro, por definição, não reflete e é ateu. Já a maioria dos evangélicos, sem dúvida, cultua a fé em silêncio e repetidas vezes. Comparando o evangélico comum ao ateu comum a conclusão é clara: este é ateu por inércia, aquele esforça-se pela fé. Por isso o meu respeito. E mais: o olhar evangélico diante da vida é um olhar corajoso. O ateu ordinário, por sua vez, é desprovido de qualquer profundidade de espírito, angústia existencial e caracteriza-se sumariamente por não pensar. O ateu comum compra um iPhone e conclui que o homem não precisa de Deus.
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