É um tanto curiosa a velada homogeneidade na ideia que se faz da evolução histórica no ocidente moderno, quando há enorme acessibilidade a historiadores já consagrados cujas obras desmantelam essa mesma ideia. Quer dizer: o sujeito proclama o que descobriu muito bem documentado em fonte confiável, às vezes em publicação que se deu há mais de meio século, e ainda assim é tido como louco, como inimigo e como criminoso. O consenso velado, por algum motivo, quer-se e perdura imune a determinadas obras. Mas é preciso notar que, pelo menos depois de Hegel, ser historiador tornou-se, em grande medida, ser também iconoclasta.