Embora historicamente o pessimismo possua incrível taxa de acerto, não há negar que falhe e seja incapaz de enxergar pontos de inflexão importantíssimos. Para dizer como Carlyle, a história evidencia um processo em que as mentiras são repetidamente sepultadas. Dirá o pessimista, e talvez com acerto, que lhes tomarão o lugar novas mentiras. Mas não se pode negar que algo haja de benéfico no processo, isto é, que uma mentira, perdendo a força, abra espaço para que algo novo floresça, algo antes impedido pela limitadora e coerciva ação do falso. Com isso, novas possibilidades; ganha o homem, e ganha a história. Por outro lado, o tempo realmente parece induzir um equilíbrio entre empolgação e desencanto. O prudente, portanto, é deixar de lado os julgamentos extremados.