Percorro estes Exercicios espirituales, de Inácio de Loyola, e não posso deixar de imaginá-lo a compô-los nas condições incrivelmente miseráveis descritas em sua biografia. A comparação com Frankl é inevitável. Se confrontamos o teor destas linhas, ou melhor, se consideramos estas linhas como originárias das circunstâncias que rodeavam-lhes o autor, deparamo-nos com uma pujança psicológica inquebrantável capaz de proezas quase sobre-humanas. Enfim, vemos método no esforço consciente em atribuir sentido para as misérias vivenciadas, na afirmação contínua de um voto, na superação dos próprios limites, na transformação da mente em fortaleza indestrutível. Esses Exercicios atestam a vitória absoluta de Inácio sobre o meio circundante e sobre si mesmo. Linhas admiráveis!