Impressiona a facilidade com que a maioria das pessoas adota teorias, crenças, visões de mundo, novidades de toda espécie e começam imediatamente a professá-las. Uma percepção profunda e instantânea da verdade proferida não parece justificar a maior parte dos casos. Que dizer, então? Parece tal reação só justificável naquele desacostumado a encontrar sentido nas palavras, que finalmente se coloca em contato com um discurso que compreende. Seria só isso? Talvez, também, algo de uma inclinação inata para a repetição. Mas se, algumas vezes, tal inclinação pode mostrar-se frutífera, noutras tantas ela só escancara uma suscetibilidade gigantesca à manipulação.