Escrevi, como que forçado, uma peça e outros dezenove Casos — agora são quarenta e nove, e disso para mil dista um pulo. Acontece o seguinte: é engraçado, quando faço versos, sinto saudade da fluidez da prosa. Mas, à exceção destas Notas, a prosa só me sai a contragosto. É pôr-me a criar narrativas e já começo a pensar em quando as acabarei, em quando me livrarei da obrigação que psicologicamente contraí. Dois volumes de Casos, em sequência, e eu desistiria de tudo. Cansa-me principalmente o método, a estruturação da narrativa e, depois, a execução. O estilo pede concisão, lógica, encadeamento, e a mente parece trabalhar amarrada. A temática surge espontaneamente e torna-se uma ordem. Versos… estes, ao menos, agrada-me tê-los feito quando já esqueço como os julguei ao final…