Mais injustificável que a obsessão com a originalidade é esse constrangimento decorrente da constatação de que o dito agora já havia sido dito há muito tempo. Que dizer? O autor que, registrando as próprias impressões, nota algo já notado anteriormente, em vez de se constranger por não ter sido o primeiro, ou não ter tomado conhecimento da fonte primária — muitas vezes irrastreável, — deveria satisfazer-se de ter chegado à mesma conclusão através da percepção direta, alegrando-se como se alegram aqueles que acham no outro algo em comum.