Notar a extensão insondável do universo, as escalas representáveis apenas pela matemática e que a própria mente é incapaz de conceber, todas as distâncias, grandezas, o número de astros que beira o infinito, e perante tudo isso, em algo inferior a um ponto, invisível e insignificante, notar que residem seres providos de consciência, — aparentemente os únicos, — capazes de se identificar dentro deste todo ilimitado. É um contraste espantoso. A mente, se nele refletir com atenção, acabará julgando a condição humana milagrosamente especial. Um engodo? Talvez. Mas, de fato, é o que parece…
Milagrosamente especial
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