Na literatura brasileira, nada impressiona tanto quanto os trajes que vestiam as personagens até meados do último século. Chega a ser inverossímil que a moda europeia tenha atravessado o oceano e encontrado aceitação numa terra em que o sol, sempre pujante e presente, não faria mal se desenhado na extremidade superior de todas as páginas que este solo produziu. E então parece-nos inconcebível que haja uma literatura em que as personagens manifestem sentimentos que não um calor intolerável, uma vontade de passar a vida debaixo de um chuveiro ou, no mínimo, de ligar um ventilador. É realmente impressionante…